
Quando o assunto é sucessão patrimonial, muitos acreditam que o desafio se resume à divisão dos bens entre os herdeiros. No entanto, o verdadeiro impacto de uma sucessão mal planejada costuma aparecer nas cifras, mais especificamente, nos impostos e custos ocultos que surgem no momento da transmissão.
O que era para ser um legado pode se transformar em uma carga tributária pesada e, em alguns casos, na necessidade de vender parte do patrimônio para pagar o que a lei exige.
Um dos principais tributos envolvidos é o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), cobrado pelos estados sempre que há herança ou doação de bens. Em algumas regiões, a alíquota pode chegar a 8% sobre o valor do patrimônio transferido, o que representa um impacto significativo em grandes heranças.
E há um detalhe muitas vezes ignorado: esse cálculo é feito com base no valor de mercado dos bens, não no valor histórico. Isso significa que imóveis e participações societárias valorizadas ao longo dos anos podem gerar uma tributação bem mais alta do que o esperado.
Além do ITCMD, há outro custo relevante o ganho de capital. Quando um bem é transferido por meio de doação ou venda entre familiares, a diferença entre o valor de aquisição e o valor atual pode gerar imposto sobre o lucro obtido.
Esse imposto, que incide sobre a valorização do patrimônio, é frequentemente esquecido, mas tem peso considerável no momento da transmissão.
Outros custos invisíveis incluem honorários advocatícios em inventários, taxas cartorárias, custas judiciais e, muitas vezes, conflitos familiares que se prolongam por anos e consomem recursos financeiros e emocionais. Tudo isso poderia ser reduzido, ou até evitado com um planejamento sucessório tributário bem elaborado.
Estruturas como holdings familiares e doações planejadas em vida, combinadas com uma análise fiscal estratégica, permitem antecipar e minimizar a carga tributária, garantindo a preservação do patrimônio e a continuidade dos negócios.
Mais do que uma questão financeira, trata-se de justiça e eficiência: quem se planeja paga o justo e evita que o patrimônio se perca em burocracia e tributos desnecessários.
Por isso, é essencial contar com um advogado especialista em direito empresarial e sucessório. Esse profissional possui o conhecimento técnico para mapear os impactos tributários, estruturar soluções seguras e adaptar o planejamento à realidade de cada família e empresa.
Com orientação adequada, é possível transformar custos invisíveis em economia real e garantir que o legado seja transmitido com segurança, equilíbrio e inteligência jurídica.

